Abriu alguns telejornais, este Sábado que passou, um crime violento. Um filho esquartejou a mãe, tendo levado as partes do corpo para locais diferentes e guardado a cabeça no congelador.
Quando a minha avó veio para Lisboa, não foi imediatamente morar na casa onde passou o resto dos seus dias. Habitou primeiro uma casa na mesma zona, com os filhos.
Tinha como vizinha uma senhora de nome Alcina. Sempre conheci esta senhora com o mesmo aspecto, com um ar antiquado, como se tivesse estagnado no tempo. Teve sempre uma vida miserável e infeliz. O marido votava-a de tirania em vez de respeito e amor.
Para fugir a uma realidade cruel, refugiava-se no mundo dos "comprimidos dos nervos". Várias vezes parecia flutuar pelas ruas e o seu alheamento da mundivivência suscitava pena.
Um dia o destino olhou para ela e decidiu alterar-lhe o Fado. O marido morreu, ela libertou-se das amarras, rejuvenesceu e descobriu a alegria da vida.
Mudou de penteado, de roupa e de atitude perante a vida e o mundo. Abandonou o seu ar alheado e adoptou um ar de quem vive pela primeira vez.
Recebi a notícia pelo telefone. Foi a minha mãe , chocada, que me deu a notícia. achei inacreditável. Não era uma brincadeira de mau gosto? Era mesmo verdade?
Efectivamente, o filho roubara-lhe a vida de forma cruel e atroz. Chacinou-a, despedaçando-lhe o corpo e a vida.
Nem na morte te respeitaram, Alcina. Nem feliz na vida, nem tranquila na morte.
Nem um barril de café chegaria para saciar as minhas necessidades de cafeína. Hoje estou assim.
As mudanças climatéricas provocam alterações no meu organismo também. Parece existir um pacto Pessoinha-clima. Se o tempo muda, o meu organismo é solidário e muda também. Só ainda não percebi qual a vantagem. Até agora só vi as, digamos, desvantagens!
Passei uma noite horrorosa. Não precisei de abandonar o quentinho da minha cama – ai tão bom! – para ir espreitar à janela e contemplar o céu não estrelado nem o pavimento molhado.
Quando é que a minha amiga cola em mim tipo pastilha elástica? Quando o pacto começa a funcionar, que é como quem diz, quando o tempo muda.
O meu quarto parecia uma mansão assombrada. Só faltaram os morcegos, as teias de aranha e os gatos pretos. Bom, tenho um cão preto, será que vale?
Aposto que quem passasse na rua e me ouvisse a chiar, fugiria a sete pés. A pieira, esta noite, atingiu o seu auge! Estou a pensar seriamente em começar a gravar a minha pieira para vender aos tipos dos filmes de terror com casas assombradas e portas ferrugentas.
E mais! Como se não bastasse a chiadeira de porta ferrugenta – será da minha idade? – e desengonçada, estava com uma dificuldade tremenda em respirar. Ainda pensei que fosse o bóbi que se tivesse sentado em coma do meu peito mas, depois de umas apalpadelas, verifiquei que não, o dog estava a aquecer-me os pés.
Ah, e isto não é nenhuma comemoração antecipada do Halloween!
Só restava mesmo enfrentar o frio da noite e ir dar uma bombadela no nariz pois não podia fazer já mais nada. A ver se a chiadeira acabava e eu conseguia dormir descansada. Depois foi a vez do pingo no nariz. Levantar rabiosque da cama novamente, agarrar em lenços de papel e voltar ao local de partida. Ufa!
Com isto já era manhã, aquela hora de levantar para ir trabalhar, sabem? Mas eu não me levantei porque (agora roam-se de inveja!) hoje não era dia de aulas..1 Iupiii! Conclusão: fiquei mais um pouco na cama.
Mas tudo isto só para partilhar convosco que o meu organismo me está a gritar que precisa de cafeína. Já tomei a dose matinal e a da tarde e estou a ver que tenho de tomar uma dose extra.
Todos aqueles que me visitam já devem ter lido algumas vezes nos meus posts uma das frases que muitas vezes profiro: as relações humanas são muito complicadas.
E são-no, efectivamente. Cada vez mais constato isso.
Depois de uma conversa sobre vários tipos de relacionamentos, ficaram a bailar-me algumas coisas na cabeça.
É certo que ninguém tem a fórmula certa para um relacionamento perfeito – e até que ponto um relacionamento perfeito, não seria terrivelmente aborrecido? – mas existem atitudes e comportamentos que podem levar um relacionamento a bom porto.
E o busílis da questão é o seguinte:
Num relacionamento, deve viver-se apenas um para o outro?
(Ter apenas olhos um para o outro, colocando amigos e família num plano muito afastado? Basear a relação em “eu sou tua e tu és meu” e não nos interessa e nem precisamos do resto do mundo?)
Num relacionamento, deve cada um viver a sua vida, vivendo uma vida conjunta?
(Cada um tem liberdade para fazer o que quiser, respeitando o relacionamento mas não se fechando dentro dele, mas caminhando os dois lado a lado para um futuro conjunto?)
Vamos lá a puxar pelos neurónios e a partilhar comigo qual é a vossa opinião sobre este assunto.
Lá está a tal coisa... A minha amiga Bichana nunca se esquece de me mimar. Aqui vão mais umas mimocas que ela me atribuiu.
Mulheres doces, charmosas e encantadoras!
Verdadeiras mulheres de armas!
Vou atribuir estes prémios a todas as mulheres que passam no meu blog porque todas elas têm estas facetas que os prémios descrevem (e você também menina Bichana). Apropriem-se dos prémios faxavor!
P.S. - Os poucos gajos que aqui entram que me desculpem mas desta vez não há nada para os meninos!
Queria ser uma pessoa daquelas cheias de alegria e alto astral. Que levam a vida a brincar, vivendo um dia atrás do outro. Que tem sempre uma palavra de ânimo para dizer e um sorriso estampado nos lábios.
Parecem conseguir lidar com os problemas da vida mais facilmente do que os outros. Que as dificuldades os afectam de maneira diferente e nunca os derrotam.
Queria ser uma pessoa cheia de energia positiva para poder distribuir ao meu redor, minimizando os problemas dos outros e os meus, oferecendo alegrias e diminuindo tristezas.
Queria ser um raio de sol para aquecer os corações humanos e iluminar os caminhos certos a pisar.
Queria que a alegria derrotasse a tristeza e que os sorrisos passassem a ser o uniforme diário de cada um de nós.